12 junho 2008

Ele há semanas assim!**

Três dias de trabalho produtivo, 2 feriados pelo meio, mais uma vitória dos Tugas, uma manhã de praia em perspectiva, um livro novo na calha... apetece dizer: ah vidinha boa!

Ele há semanas assim!
Edward Hopper

**(Claro que para este título não conta o protesto das transportadoras, nem a falta de gasolina e de produtos frescos, nem o facto de estarmos a cortar na comida para pagar a casa, nem o aumento do crédito mal parado, nem...)

11 junho 2008

Coisas que se esquecem

Sou a favor de todo e qualquer protesto contra a subida desenfreada dos preços dos combustíveis e não só. No entanto, há uma coisa que considero fundamental e que é tantas vezes esquecida: uma democracia dá-nos o direito de protestar e de fazer greve, mas também o de não aderir a esse mesmo protesto ou greve.

09 junho 2008

Ele há dias assim…


No sábado bom cinema e belo jogo de futebol. No Domingo, tempo de levar os miúdos ao Museu da Electricidade, que, às 11h00 da manhã, nos brindou inesperadamente com um concerto de jazz! Chegada a hora do almoço, onde vamos, o que fazemos e alguém sugeriu, apanhamos o barco e vamos comer sardinhas à Trafaria. Nem mais! Viagem de cacilheiro até à outra banda, sardinhas numa simpática tasca, passeio pelas vielas da Trafaria, observando a cidade do outro lado do rio. Regresso a meio da tarde, atravessando um Tejo tranquilo, ao longe a Torre de Belém enfeitada com o divertido colar de balões criado pela Joana Vasconcelos e Lisboa semi-adormecida no calor da tarde.

Ele há dias assim…

06 junho 2008

Amanhã é dia de cinema e hoje de Velásquez!


A Sarah, a Kim, a Kristin e a Cynthia voltaram e eu já tinha saudades delas. Gosto da sua irreverência e inquietude, das suas certezas e dúvidas, do seu bom gosto e excentricidade, da sua ironia e liberdade. Por isso, amanhã lá vou até Manhattan, ainda que de forma virtual.


Entretanto o Google lembra-nos do aniversário de Velásquez. Assim:



“Venus ao espelho”


Bom fim-de-semana!

05 junho 2008

O Bruce, o Bols e o Blog!


Hoje o dia voou. Trabalhei que nem uma doida e só fiz um terço do que queria fazer. Em casa, mais umas horas de trabalho doméstico arrasaram comigo. Conclusão, tive que recorrer à receita mágica de recuparação-rápida e relaxe total: Tunnel of Love do Bruce nas colunas, cálice de licor de cacau da Bols aqui à mão e uma passeata pelos blogs. Fico como nova!

04 junho 2008

Como não acredito muito em coincidências…


… tenho a impressão que a entidade patronal anda a visitar este espaço. Ou isso ou tem algum assessor tão meticuloso, tão meticuloso, que merece ser pago a peso de ouro!

Do I know you?

… ou as pessoas que se cruzam connosco e que pensamos (não) conhecer!

Ontem parei num local, que costuma ser só de passagem e fui comprar o jornal a um quiosque. Quando cheguei estava uma senhora, que reconheci de imediato (embora não me lembrasse de onde). Cumprimentei naturalmente e a senhora devolveu-me o cumprimento com sotaque estrangeiro e depois com uma expressão confusa no rosto, disse-me em inglês “Do I know you?”. Foi a minha vez de fazer um ar confuso e responder “I think so!” (e tentei desesperadamente perceber de onde, pois por questões profissionais tenho muitos contactos com estrangeiros). Diz-me ela “I work at Smith & Nephew”. Reconheci o nome mas não encontrei ligação ao meu serviço e… de repente fez-se luz. Vergonha das vergonhas, percebi de onde a conhecia ou seja, de onde não a conhecia!!! A Smith & Nephew é uma empresa residente no Lagoas Park, onde passo diariamente de manhã e no final do dia e a senhora com quem estava a falar é uma das pessoas anónimas com quem me cruzo todos os dias, eu a subir a rua de carro e ela a descer a calçada a pé !!! Senti o rosto a ficar vermelho e lá lhe expliquei a situação. A cena acabou em grandes gargalhadas, com ela quase a chorar de rir e a dizer-me que em Inglaterra nunca aconteceria uma cena destas e por isso mesmo adorava os Portugueses. Depois fomos cada uma à nossa vida. Hoje de manhã lá venho eu no meu percurso habitual e como de costume cruzei-me com ela. Desta vez dissemos alegremente adeus uma à outra, como se de velhas conhecidas se tratasse…

03 junho 2008

Post terapêutico


Esta está a ser uma semana complicada no serviço. Para equilibrar decidi optar por posts ligeiros e agradáveis. Não vou falar da crise nem do mau humor da entidade patronal. Nem vou falar do computador que bloqueia no pior momento ou da internet que falha, quando mais falta faz. Recuso-me a falar da água que faltou na torneira no momento do duche e muito menos no elevador que parou comigo lá dentro. Não, não e não!
Hoje debruço-me sobre o sorriso. Esta manhã alguém me perguntou, como é que eu consigo dar uns bons dias sempre tão sorridentes! Isso ainda me fez rir mais é claro. Depois quando vinha a caminho do emprego, dei comigo a observar os rostos das pessoas com quem me cruzei e reparei que havia pouco sorriso no ar. No entanto, rir faz bem. Usar o riso como terapia é do melhor que há. Tentem rir do nada e vejam o resultado. A semana passada testei isso com as minhas colegas. Por duas vezes deu-me uma doideira. Fui à sala do secretariado e disse “gente vamos rir, porque rir faz bem!”. Não é que resultou? Primeiro pensaram, esta hoje amalucou de vez e depois acabou tudo à gargalhada! Um sorriso na cara de alguém modifica por completo a expressão. Ficamos com um ar mais agradável e a comunicação flui mais facilmente. Até ao telefone, falar a sorrir faz toda a diferença. Rir é grátis! Não se gasta! É contagioso! Rir não apaga os problemas mas faz com que eles fiquem mais leves! Apetece-me dizer: “sorria que alguém está a ver”.

02 junho 2008

Do futebol e dos seus efeitos


Todos sabem que a Selecção de Portugal partiu ontem para a Suíça, a fim de participar no Europeu 2008. Seria quase impossível que não soubessem, tal a cobertura mediática do acontecimento. Gosto de futebol e gosto sobretudo quando é a Selecção que está envolvida. Não sou dada a grandes exageros, no que diz respeito ao apoio visível. Dificilmente iria para o aeroporto despedir-me ou receber uma Selecção de futebol. Ontem a Selecção estava num Hotel aqui mesmo à porta de casa e nem me passou pela cabeça ir até lá dizer adeus. Sou, no entanto, capaz de aderir a esta onda de euforia, que se cria em torno de um grupo de homens que vão representar Portugal. Também coloco a bandeira na janela e acho genial a criatividade de alguns adeptos nas suas formas de apoio. Nas multidões que seguem a Selecção, não há clubes, nem partidos políticos, não há credos nem religiões, não há brancos, nem há pretos, há, simplesmente, pessoas. Que têm necessidade de esquecer por algum tempo o preço da gasolina, o aumento do arroz, a falta de peixe, os problemas na educação e na saúde. Precisam de gritar, de rir, de saudar, de …sonhar! Precisam de acreditar que Portugal é possível! Que Portugal tem futuro! Que Portugal é capaz! Se é preciso o futebol para que nos lembremos disso, pois que seja! Não é nenhuma vergonha, é simplesmente um motivo. Hoje tenho na memória a imagem de um emigrante Português que, ontem, com a ajuda de muletas, esperava no aeroporto de Genebra a saída do autocarro com a Selecção e que, depois de este passar, se virou para as câmaras da televisão e gritou bem alto por várias vezes”Amo-te Portugal, amo-te Portugal, bem-vindo Portugal!”